O cuidado com idosos nesse momento atípico causado pela pandemia do Coronavírus

Os cuidados de como lavar as mãos na técnica usada por profissionais de saúde antes e após as refeições, após a ida aos banheiros com água e sabão ou álcool gel (este quando estamos fora de casa)

A etiqueta de como tossir e espirrar. O uso correto da máscara e quem se beneficia do uso de máscara não sendo profissional de saúde

A conduta de como chegar em casa se foi extremamente necessário sair de casa, como primeiro lavar as mãos, higienizar os produtos antes de armazenar, principalmente alimentos antes de serem guardados na geladeira, e logo após trocar de roupa preferencialmente

As condutas e etiquetas citadas anteriormente estão sendo constantemente repetidas nos diversos meios de comunicação, alguns deles já são adotados por muitas pessoas e outros incorporados frente a esse cenário que nos “obriga” a re/pensar como nos cuidamos, se temos ou não facilidade em adotar orientações de saúde que até podem ser “chatas”/desagradáveis, mas necessárias para nos manter o máximo possível saudáveis, vejo esse repensar se realmente pratico ou não o Autocuidado, o aspecto mais positivo que o covid 19 nos trouxe.

E além de pensar em nós, também devemos pensar no próximo: não apenas o profissional de saúde utilizando corretamente os EPIs (equipamentos de proteção individual, por exemplo, luvas, máscaras, gorro, …), os cuidadores ao assumir um plantão em uma residência, no nosso vizinho que nem sabemos o nome muitas vezes, a imensa quantidade de trabalhadores invisíveis, mas com ofícios essenciais.

E infelizmente, não vimos com a mesma intensidade, o cuidado ao divulgar os grupos de risco para uma manifestação mais grave da doença, caso contaminado, como os idosos e portadores de doenças crônicas

Frente a essa situação os órgãos de saúde internacionais recomendam com argumentos científicos que as pessoas que se encaixam no perfil do grupo de risco não saiam de casa, se não for extremamente necessário, como situações de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, vacinação, atendimento fisioterápico e consultas médicas que não podem ser realizadas de forma remota ou adiadas.

Tais medidas a primeiro momento parecem tão duras, mas são necessárias para um bem maior, a preservação de uma geração que mesmo distante fisicamente de muitos acontecimentos internacionais viu o homem chegar a lua, a TV chegar na maioria dos lares assim como os telefones que cabem hoje nos bolsos e inclusive é possível ver TV por eles, queda do muro de Berlim, um avanço da tecnologia e da internet. Os nossos idosos de hoje participaram de todas essas e muitas outras transformações no mundo, portanto não podemos perder essa geração por desinformação, fake news, resistência a cuidar de si.

Como falamos anteriormente, o problema foi como a divulgação que idosos são o maior grupo de risco, pareceu que só eles morreriam, e que a transmissibilidade era responsabilidade dos idosos que não cumprem as medidas de distanciamento social.

Sabemos que todos podem transmitir e se contaminar se os primeiros cuidados não forem adotados adequada e constantemente, ou seja, todos nós somos responsáveis por nós e pelos outros.

O uso da interatividade por dispositivos eletrônicos: computadores e celulares reduz o estresse gerado por essa situação atípica, infelizmente poucos idosos dominam essas ferramentas. E aí o papel de ensinar para quem já ensinou tanto é fundamental, lembrando que com toda a tensão no ar, a habilidade da paciência deve ser muito mais praticada

Vamos aplicar a gentileza com nossos idosos orientando através das ferramentas, ou fazer tradicionalmente ligação mesmo, é muito bom ouvir a voz de pessoas próximas, e explicando com todos os cuidados citados no início desse texto sejam aplicados pra essa geração em breve contar as próximas gerações que sobreviveu a pandemia do Coronavírus

 

 

 

 

Marisol Bastos –

Mestre em Administração de Serviços de Saúde pela
 EEUSP Especialista em Enfermagem em Saúde Mental 
e Psiquiátrica pela Unifesp

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